A incivilidade consiste na adoção de comportamentos ambíguos e de baixa intensidade que violam as normas de respeito da organização. Embora este tipo de comportamento desviante esteja associado à diminuição de recursos de autorregulação e maior intenção de saída nos trabalhadores, estas consequências podem ainda ser exacerbadas pelo estatuto que o ator do comportamento ocupa (chefe vs. colega) na organização. A investigação atual tem dado enfoque ao papel que as competências sociopolíticas podem desempenhar enquanto característica individual capaz de mitigar o impacto negativo da incivilidade. Assim, este estudo teve como principal objetivo analisar o papel preditor das competências sociopolíticas na autorregulação emocional e na intenção de saída dos trabalhadores, bem como o papel moderador do estatuto do desviante nesta relação. A amostra contou com um total de 89 participantes que preencheram questionários de autorrelato e recordaram experiências de incivilidade enquanto os seus dados biométricos eram registados por um sensor colocado na palma da mão. Os resultados mostraram que as competências sociopolíticas não predizem a autorregulação nem a intenção de saída. No entanto, os participantes, quando confrontados com comportamentos de incivilidade, apresentam menor autorregulação e maior intenção de saída se esses comportamentos forem realizados por um chefe comparativamente com um colega.
Data do prémio | 13 jul. 2023 |
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Idioma original | Portuguese |
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Instituição de premiação | - Universidade Católica Portuguesa
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Supervisor | Catarina Morais (Supervisor) |
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- Incivilidade
- Estatuto
- Competências sociopolíticas
- Autorregulação
- Intenção de saída
- Mestrado em Psicologia e Desenvolvimento de Recursos Humanos
O papel do estatuto do desviante e das competências sociopolíticas na gestão da incivilidade em contexto laboral
Abreu, C. X. M. M. D. (Aluno). 13 jul. 2023
Tese do aluno