Este estudo tem como objetivo perceber o impacto da pandemia covid-19 no uso de substâncias ilícitas por jovens com comportamentos delinquentes. O início precoce de uso de substâncias na adolescência tem sido associado ao aumento da delinquência e subsequente criminalidade, incluindo crimes violentos e risco de problemas graves mais tarde na vida (Gordon et al., 2004). À medida que a pandemia avançava, foram implementadas medidas de contenção (Duarte, 2020), que causaram nos jovens vários fatores de stress como o medo de serem infetados, angústia, solidão, ansiedade e depressão (Scalia et al., 2020). Estas variáveis podem ter causado alterações nos contextos e padrões de utilização de substâncias ilícitas. Para compreender tais mudanças foram entrevistados vários profissionais que trabalham com jovens com comportamentos desviantes e consumos de substâncias. Foi possível concluir que substâncias como canábis, heroína e crack se mantiveram estáveis ao longo da pandemia enquanto que outras como ecstasy e cocaína, associadas aos consumos recreativos, diminuíram. Existiram também alterações ao nível do mercado de compra e venda de substâncias, que se adaptou aos confinamentos.
Data do prémio | 15 jul. 2022 |
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Idioma original | Portuguese |
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Instituição de premiação | - Universidade Católica Portuguesa
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Supervisor | Raquel Matos (Supervisor) & Maria João Leote de Carvalho (Co-Orientador) |
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- Pandemia covid-19
- Uso de substâncias
- Jovens
- Delinquência
Pandemia Covid-19 e consumos de substâncias ilícitas em jovens com comportamentos delinquentes
Silva, M. B. A. C. D. (Aluno). 15 jul. 2022
Tese do aluno