A predominância de um único país fornecedor em toda a cadeia de abastecimento acarreta consigo certos riscos de dependência. A transferência e outsourcing de produção para países asiáticos, nomeadamente a China, é o quotidiano da maioria das empresas na indústria de fast-fashion em fashion retail. A redução de custos de produção, incluindo o de mão-de-obra, a possibilidade de produção em grande escala e a rede de infra-estruturas já preparada para grandes cargas no transporte marítimo, parecem ser as principais vantagens de deslocalizar fornecedores. Mas com a ascensão económica e social da China, a competitividade em custos de produção parece estar a desvanecer-se e novos países fornecedores surgem neste panorama, como a Índia. Até que ponto terá impacto a introdução de novos fornecedores, e de um novo país fornecedor? Os lead times são cruciais para este tipo de setor, dependendo daí o sucesso ou fracasso das organizações nesta indústria: o consumidor quer um produto trendy nas lojas o mais rápido e com a maior rotatividade possível. A gestão de uma cadeia tão volátil como as que atuam neste tipo de mercado é um processo complexo e difícil de gerir. A expansão internacional de uma marca pode ainda aumentar esta incerteza de comportamentos do consumidor, sendo tão distintos por zona de influência. Os tempos de trânsito constituem ainda um dos maiores entraves quando se procura uma redução eficiente de lead times. O transporte marítimo é o meio mais utilizado, pelo benefício de custo competitivo e de suporte de carga transportável, no entanto é um dos mais morosos meios de transporte. A aposta em avião de carga poderá ser feita, embora o seu custo por volume transportado seja geralmente mais elevado. Contudo, a pronta resposta seria facilmente atingida. Em ambos os casos são necessários trade-offs, quer em benefício da rapidez e prontidão de resposta (avião), quer em benefício de uma maior eficiência de custos (barco). A metodologia de Investigação-ação irá ajudar a compreender melhor qual o caminho mais viável a seguir, quer em escolha de fornecedores, gestão eficiente de tempos de trânsito e, consequentemente, meios de transporte. Todos estes enclaves de uma otimização de lead times.
Data do prémio | 24 jul. 2014 |
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Idioma original | Portuguese |
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Instituição de premiação | - Universidade Católica Portuguesa
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Supervisor | Rita Ribeiro (Supervisor) |
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- Lead time
- Cadeia de abastecimento
- Fast fashion
Planeamento e gestão dos diferentes circuitos de compras: o caso Parfois
Costa, M. M. L. D. (Aluno). 24 jul. 2014
Tese do aluno