Este trabalho debruça-se sobre o tema da Prescrição Criminal, em particular, sobre a influência e as consequências do decurso do tempo e do princípio da culpabilidade. O objetivo principal consiste em traçar em que medida o decurso de um período de tempo fixado na lei implica que se afaste o juízo de censura imputado ao agente de um crime, bem como, apurar como se gerem as expectativas da comunidade de que este seja punido. Para este efeito analisou-se doutrina e jurisprudência relevante no tema, de forma a apresentarem-se diferentes correntes de opinião, os assuntos nos quais já se alcançou um consenso e assumir uma posição quanto aos mesmos. Os resultados obtidos com esta investigação apontam no sentido de que a existência do instituto da prescrição criminal tem cabimento no seio do nosso Direito Penal, sendo justificada, desde logo, com base em fundamentos constitucionais. Assim sendo, conclui-se que a persistência na punição realizada muitos anos após a prática do crime apenas se poderá justificar em motivos alheios e incapazes de fundar preventivamente as necessidades de punição.
Data do prémio | 7 mar. 2023 |
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Idioma original | Portuguese |
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Instituição de premiação | - Universidade Católica Portuguesa
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Supervisor | Pedro Garcia Marques (Supervisor) |
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- Prescrição criminal
- Direito penal
- Causa superveniente extintiva
- Responsabilidade criminal
- Segurança jurídica
- Princípio da culpabilidade
- Reintegração
- Crimes imprescritíveis
- Punição
Prescrição criminal: a culpabilidade e o decurso do tempo
Roque, M. R. D. S. (Aluno). 7 mar. 2023
Tese do aluno