Depois de elaboramos uma análise da antropologia do crer e dos efeitos do processo de“folclorização”, propomos uma definição que nos conduz, em primeiro lugar, à consequência da fábula, essa presença poética do conto de Cristo entre os humanos. Na verdade, voltarmos para a fábula é reabilitarmos, na voz e no corpo, a presença de Deus que habita o mundo. É nessa perspetiva que procuramos observar a mística. Não tanto no seu fenómeno, mas sim nas suas consequências, enquanto envolvimento com o mundo e com o quotidiano. Esta trajetória de um possível conceito concretizou-se sob a orientação de Michel de Certeau e de Maria Clara Bingemer. Seguidamente, vemos o modo como o conceito de mística se relaciona com o quotidiano, dado que este se identifica com a fábula. Ora, aqui, chegamos à nova tarefa da teologia, inclusivamente da mística. Na verdade, voltamos para o corpo a corpo, no qual os místicos habitam, com o desejo de criar o excesso.
Data do prémio | 15 dez. 2022 |
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Idioma original | Portuguese |
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Instituição de premiação | - Universidade Católica Portuguesa
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Supervisor | João Manuel Duque (Supervisor) |
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- Fábula
- Mística
- Quotidiano
- Mundo
- Mestrado Integrado em Teologia
Rasto do invisível: uma leitura teológica da mística a partir de Michel de Certeau e de Maria Clara Bingemer
Cunha, P. D. F. (Aluno). 15 dez. 2022
Tese do aluno