Respostas espontâneas dos enfermeiros na comunicação no cuidar em fim de vida

  • Sónia Raquel Ferreira Godinho (Aluno)

Tese do aluno

Resumo

Introdução: Existem vários tipos de resposta possível num diálogo de ajuda. O empático, enquanto competência, operacionaliza a relação de ajuda. Este estudo teve como objetivos identificar o tipo de resposta espontânea preferencialmente dado pelos enfermeiros no cuidar em fim de vida e analisar a sua relação com variáveis demográficas, inerentes à experiência, formação e ao contexto laboral. Material e Métodos: Estudo descritivo-correlacional, com recurso a um questionário a 242 enfermeiros dos distritos de Leiria, Lisboa e Santarém que exerciam funções no cuidar em fim de vida de adultos e idosos. Efetuou-se análise estatística para intervalos de confiança de 95%. Resultados: Das 2420 oportunidades de resposta, a maioria, 825, foram empáticas. Obtiveram-se diferenças com significado estatístico entre os diversos tipos de resposta e o serviço, formação e tipo, e estágio em Cuidados Paliativos. Obtiveram-se algumas correlações significativas na relação com o tempo de experiência profissional e número de horas de estágio na área. A resposta empática manteve-se em maior média nos diversos “grupos” dos enfermeiros. Discussão: Literatura inerente às atitudes perante a morte corrobora os resultados. A dominância de respostas empáticas não seria expetável pois a literatura refere-se à dificuldade dos enfermeiros em concretizar uma comunicação efetivamente terapêutica. Conclusões: Respostas do tipo empático, seguido do tipo de investigação, são as mais utilizadas pelos enfermeiros perante situações de diálogo em fim de vida. Apesar de algumas variáveis relacionarem-se significativamente com determinados tipos de resposta, todas demonstraram ser insuficientes para ocasionar a escolha de determinado tipo de resposta em detrimento de outro sendo o tipo empático dominante em todos os “grupos” de enfermeiros. A prática em cuidados paliativos adquirida através do contexto de trabalho, estágios ou formações a nível especializado, é o principal fator que parece influenciar na adoção de uma atitude empática.
Data do prémio31 mai. 2013
Idioma originalPortuguese
Instituição de premiação
  • Universidade Católica Portuguesa
SupervisorJosé Carlos Bermejo (Supervisor) & Manuel Luís Capelas (Co-Orientador)

Keywords

  • Resposta empática
  • Enfermeiros
  • Fim-de vida
  • Relação de ajuda
  • Estratégias de comunicação

Designação

  • Mestrado em Cuidados Paliativos

Citação

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