A transição para uma Economia Circular (EC) tornou-se uma tendência incontornável, na medida em que as limitações e as exigências impostas pela Natureza ditam a alteração urgente do modus operandi atual, que se tem demonstrado predominantemente linear e sobre o qual os modelos de negócio adotados pelas empresas desempenham um papel preponderante. Tendo em consideração a escassez da abordagem do tema ao nível empresarial português, esta investigação terá como principal objetivo responder à seguinte questão: as ações implementadas pelas empresas portuguesas, no sentido de uma EC, estão alinhadas com aquilo que se acredita serem as melhores práticas? Neste sentido, foram analisados diversos documentos e informação pública de 20 empresas portuguesas, de setores e dimensões distintos, seguindo-se a comparação das ações implementadas por estas com aquelas que a ferramenta ReSOLVE considera como fundamentais para uma transição bem-sucedida para uma EC. Os principais resultados da análise realizada demonstram a forte adesão a práticas relacionadas com as ações-chave “ciclagem” e “regeneração”, sendo que a “partilha”, a “virtualização” e a “substituição” são as que apresentam uma maior margem de evolução. Adicionalmente, e salvaguardando-se as limitações da amostra utilizada na investigação, surge a perceção de que o enraizamento da circularidade varia negativamente com a dimensão da empresa e de que a sensibilização da comunidade envolvente para esta temática é uma variável implícita na concretização das ações-chave da ferramenta ReSOLVE.
Data do prémio | 6 jul. 2022 |
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Idioma original | Portuguese |
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Instituição de premiação | - Universidade Católica Portuguesa
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Supervisor | Rita Ribeiro (Supervisor) |
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- Economia circular
- Economia verde
- Ferramenta ReSOLVE
- Modelos de negócio
- Portugal
Transição para modelos de negócio circulares: o caso português
Silveira, M. B. E. (Aluno). 6 jul. 2022
Tese do aluno