O número de candidatos à adoção é quatro vezes superior ao número de crianças disponíveis para adoção, pelo que este processo está associado a um longo tempo de espera. Torna-se pertinente compreender, generalizadamente, como os candidatos vivenciam o tempo de espera, e, especificamente, o que os preocupa, as crenças existentes, o possível stress que possa estar associado à vivência deste processo e que estratégias de coping são utilizadas para lhe fazer face. Como fator de inclusão definiu-se ser candidato à adoção, em fase de espera, ou seja, que já tivessem passado a fase de avaliação e que se encontrassem à espera de ser contatados. Com base na metodologia qualitativa, realizaram-se entrevistas semiestruturadas a seis participantes. Como principais resultados salienta-se as crenças, como o esquecimento por parte dos técnicos, ou as associadas ao vínculo e problemas da criança; as preocupações, como não ser contatado, a adaptação e história passada da criança, ou o longo tempo de espera; e os fatores de stress, que passam pela incerteza do tempo de espera, pela existência de filhos biológicos ou por outros conseguirem adotar. Como estratégias de coping, foram identificadas a partilha de experiências com outros, a procura de informação, desporto, trabalho ou foco em pensamentos positivos.
Data do prémio | 18 jul. 2016 |
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Idioma original | Portuguese |
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Instituição de premiação | - Universidade Católica Portuguesa
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Supervisor | Elisa Veiga (Supervisor) & Mariana Negrão (Supervisor) |
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- Candidatos à adoção
- Crenças
- Preocupações
- Stress
Viver a espera: crenças, preocupações e stress em candidatos à adoção
Fernandes, I. J. C. (Aluno). 18 jul. 2016
Tese do aluno